A degeneração macular é uma doença da retina que afeta e causa lesões na mácula, região do olho responsável pela visão central.
Na degeneração macular, são observados drusas maculares, que não são mais do que depósitos de algumas substâncias, de cor amarela e que surgem debaixo da retina. A maioria das pessoas desenvolve drusas maculares muito pequenas, como resultado do envelhecimento. A presença de drusas maculares de médio e grande dimensão pode indiciar a presença da doença nos olhos.
Outro sinal da degeneração macular é o aparecimento de alterações pigmentares da retina.
Nas fases mais precoces, a perda visual costuma ser pouco perceptível. À medida que a enfermidade evolui, aparecem os seguintes sintomas:
percepção de manchas escuras na região central da visão;
visão alterada de linhas retas, que aparecem retorcidas ou onduladas;
identificação de cores de forma mais opaca;
necessidade de luz mais forte para a leitura e localização de objetos.
O surgimento da degeneração macular normalmente está ligado ao envelhecimento. Contudo, nem sempre o envelhecimento é a causa para a degeneração da mácula. A degeneração macular em jovens e crianças, ou seja numa idade mais precoce também é possível apesar de ser bastante menos frequente.
Outros fatores de risco determinantes para o surgimento da degeneração macular incluem:
Fumar. A investigação mostra que fumar duplica o risco de vir a padecer da doença.
Raça. A degeneração macular é mais comum entre brancos do que entre os afro-americanos ou hispânicos / latinos.
História familiar. Pessoas com história familiar de degeneração macular têm um risco aumentado de vir a padecer da doença (fator genético, hereditário).
Em geral, os médicos diagnosticam degeneração macular relacionada à idade (DMRI) examinando os olhos com o oftalmoscópio (foco de luz através de lentes de aumento, que chega à parte posterior do olho). A lesão na retina quase sempre é visível mesmo antes da progressão dos sintomas. Para confirmar o diagnóstico de DMRI do tipo úmida, o médico pode tirar fotos coloridas da retina ou fazer uma angiografia por fluoresceína. A tomografia de coerência óptica, um estudo de imagens, pode frequentemente ajudar no diagnóstico da DMRI do tipo úmida e avaliar como a pessoa está respondendo ao tratamento.
O tratamento da degeneração macular depende do estágio (fase) da doença.
Tratamento na fase inicial: No estágio inicial da degeneração macular não é efetuado qualquer tratamento. Nesta fase da doença a maioria das pessoas não apresenta sintomas ou perda de visão. O oftalmologista pode recomendar que faça um exame de fundo ocular, pelo menos uma vez por ano. O exame vai ajudar a determinar o estágio da doença.
Apesar de não ser efetuado qualquer tratamento médico ou cirúrgico, é importante ter uma atitude preventiva, com adoção de hábitos saudáveis como evitar fumar, exercitar regularmente, manter os níveis de tensão arterial e colesterol normais e ter uma dieta saudável rica em legumes, fruta e peixe.
Tratamento na fase intermédia: habitualmente, na fase intermédia da doença não é necessário efetuar qualquer tratamento médico ou cirúrgico. Contudo, como a DMRI pode progredir rapidamente é importante a consulta com o médico oftalmologista para acompanhamento. Pode ser indicado a ingestão de suplementos vitamínicos como vitamina C, vitamina E, beta-caroteno, zinco, além da adição de luteína, zeaxantina ou ômega-3 ácidos gordos.
Tratamento da DMRI exsudativa: na DMRI exsudativa, o tratamento vai depender da fase da doença, sendo as opções disponíveis atualmente para tratamento: injeção intravítrea de anti angiogênicos, terapia fotodinâmica ou cirurgia a laser.