O glaucoma refere-se a um grupo de doenças oculares que provocam danos irreparáveis no nervo óptico. Este, por sua vez, é o nervo que carrega as informações visuais recebidas pelo olho até o cérebro. O glaucoma é uma doença ocular capaz de causar cegueira se não for tratada a tempo. É uma enfermidade crônica que não tem cura, mas, na maioria dos casos, pode ser controlada com tratamento adequado e contínuo. Quanto mais precoce for o diagnóstico, maiores serão as chances de se evitar a perda da visão.
O glaucoma desenvolve-se lentamente, durante meses ou anos e, numa fase inicial, não causa sintomas. Porém, alguns sintomas que podem surgir, em caso de glaucoma de ângulo fechado, incluem:
Diminuição do campo de visão, como se fosse se afunilando;
Dor intensa no interior do olho;
Aumento da pupila, que é a parte preta do olho, ou do tamanho dos olhos;
Visão turva e embaçada;
Dificuldade para enxergar no escuro;
Visão de arcos em volta das luzes;
Dor de cabeça forte, náuseas e vômitos.
O glaucoma ocorre quando a pressão elevada no interior do olho, no decorrer de alguns anos, danifica as fibras nervosas do nervo óptico. O olho contém um líquido (humor aquoso) que circula continuamente no seu interior. Esse líquido é produzido e escoado através de uma região denominada ângulo da câmara anterior. No glaucoma há uma diminuição no escoamento desse líquido, o que faz com que ele se acumule dentro do olho, provocando o aumento da pressão intraocular.
Existem fatores de risco que favorecem o aparecimento da doença, como por exemplo: idade avançada, hipertensão ocular, miopia elevada, raça negra e hereditariedade.
O glaucoma só é detectado após um exame oftalmológico cuidadoso, no qual é, inclusive, medida a pressão intraocular. O procedimento é simples e indolor. Na maioria dos pacientes, o nervo óptico pode ser examinado de imediato, quando se observa o interior do olho com um instrumento chamado oftalmoscópio. Apesar de serem muitas as doenças que afetam o nervo óptico, a lesão causada pelo glaucoma tem um aspecto característico que permite ao médico detectar a sua existência. Entre os exames utilizados para a confirmação do diagnóstico do glaucoma estão o exame de campo visual, a tonometria, exame da pupila, exame com lâmpada de fenda e gonioscopia.
Geralmente o tratamento é feito com colírios que baixem a pressão intraocular. A medicação via oral é indicada aos pacientes que não tiveram a pressão diminuída com a utilização de colírios.
Quando o tratamento com colírio não produz o efeito desejado, pode-se recorrer ao tratamento com laser ou cirurgia: Trabeculoplastia a laser (SLT), Iridectomia a laser, Trabeculectomia ou implante de I-Stent.