O olho seco é uma doença crônica, caracterizada pela diminuição da produção da lágrima ou deficiência em alguns de seus componentes, ou seja, pouca quantidade e/ou má qualidade da lágrima.
Visão borrada que melhora com o piscar
Lacrimejamento excessivo
Sensação de olho seco, como se houvesse areia nos olhos
Ardência e olhos vermelhos
O quadro clínico varia dos casos mais brandos, com queixa básica de desconforto, aos mais graves, por vezes com sérias complicações, como úlcera e perfuração da córnea. Os sintomas costumam piorar no final do dia, nas condições de baixa umidade (ex: ambientes com ar condicionado ou aquecedores) e após uso excessivo da visão para perto (ex: computação).
O olho seco pode ocorrer em pessoas de ambos os sexos e em qualquer idade, embora o sexo feminino seja o mais afetado, sendo que pode surgir por diversas causas, sendo as mais comuns:
O ambiente: Clima seco, com vento e ensolarado, fumaça de cigarro, a poluição, lugares fechados, calefação, ar condicionado e uso de telas podem aumentar a evaporação e causar olho seco.
Queimaduras químicas: A exposição a agentes químicos ocorre, na maioria das vezes, em acidentes industriais, acidentes domésticos ou em associação com atos criminosos e está associada ao desenvolvimento de olho seco.
Medicamentos: Descongestionantes e anti-histamínicos, tranquilizantes, antidepressivos e pílulas para dormir, diuréticos, pílulas anticoncepcionais, alguns anestésicos, medicamentos para tratamento da hipertensão arterial (betabloqueadores) e para transtornos digestivos (anticolinérgico) podem causar olho seco.
Lente de Contato: as lentes de contato diminuem a quantidade de oxigênio sobre a córnea, podendo causar irritação e sensação de olho seco.
Doenças Sistêmicas associadas (Síndrome de Sjögren, síndrome de Stevens-Johnson, Penfigóide cicatricial ocular, Sarcoidose, Parkinson)
Os sinais e sintomas do olho seco não são específicos e, por isso, pode ser confundidos com os de outras doenças. O diagnóstico é feito pelo oftalmologista, analisando diversos fatores, históricos de doenças e a partir da medição da produção, a taxa de evaporação e a qualidade das lágrimas, com testes específicos como o Teste de Schirmer, Coloração com Lisamina Verde ou Rosa Bengala e Tempo de quebra do filme lacrimal.
O tratamento do olho seco busca atingir três objetivos: aumentar a produção espontânea de lágrimas, connservá-las por mais tempo e repor as lágrimas que não são produzidas. Para isso, cada paciente recebe um tratamento individualizado que pode incluir: uso de colírios lubrificantes, uso de anti-inflamatórios, conservação da lágrima a partir da obstrução do ponto lacrimal ou sessão com o aparelho E-Eye IRPL.